Entenda o Tarô
O que é tarô?
O tarô é constituído de 78 cartas que denominamos de arcanos (mistério, oculto, o que precisa ser desvelado) e estão divididos em dois grupos: 22 símbolos principais denominados arcanos maiores que designam a vontade humana, seus anseios, idéias, potencialidades, probabilidades, e 56 símbolos secundários denominados de arcanos menores que determinam a direção e os objetivos conceituados nos arcanos maiores.
O tarô não é adivinhação e nem vidência, é um oráculo baseado na estrutura mental do ser humano, dos fatos naturais de acontecimentos da vida: tudo tem começo, meio e fim. Os símbolos do tarô são transposições arquetípicas de nosso comportamento. Tudo em nossa existência pode ser encontrado nos arcanos do tarô, basta saber ler este maravilhoso alfabeto mágico.
Contudo, os arcanos do tarô não destinam as vias oraculares somente para verificar seu amor, saúde, finanças, profissão, família, casamento, namoro. Todos esses valores são apenas pequenos detalhes no universo simbólico do tarô. A real importância está em seu estudo sistemático: a via do autoconhecimento; pois, uma vez adquirida, novos rumos e diretrizes serão traçadas por você mesmo, mudando por completo sua vida e seus valores.
Enfim, tarô é um oráculo, é autoconhecimento, é terapia, é evolução…
O significado dos arcanos
O Louco
Isolamento, precipitação, loucura, confusão.
É o único que não tem número. Por isso, mesmo significa liberdade. Ele olha para o infinito e, com isso, mostra que a vida é muito mais do que vemos e a felicidade pode estar além das aparências da vida cotidiana. Tem apenas uma trouxinha com o essencial e, no entanto, tem uma expressão tranqüila. Isso quer dizer que muitas vezes nos preocupamos com coisas superficiais e não percebemos o que é realmente importante.
I – O Mago
Criatividade, início, esforço incansável, dedicação aos ideais e busca do conhecimento.
Representa a habilidade. Ele tem várias coisas sobre a mesa e parece saber manuseá-las muito bem. O Mago sabe aproveitar as oportunidades da vida. Tem os pés no chão mas o seu chapéu lembra o símbolo do infinito(um oito ao contrario). Isso quer dizer que ele não perde a noção da realidade, ao mesmo tempo em que sabe ter como meta o infinito.
II – A Sacerdotisa ou Papisa
Poder, sabedoria, bom senso, discernimento, moralismo e segurança.
É a grande dona do conhecimento. Repare que seu chapéu ultrapassa os limites da carta, o que significa mente poderosa. A sua figura serena recomenda calma e o melhor aproveitamento possível das nossas experiências. Tem a seriedade de quem trata de assuntos importantes com harmonia, sabendo conciliar os opostos.
III – A Imperatriz
Progresso feminino, talento natural, fertilidade, intuição, poder de decisão e ação.
Representa os valores materiais da mulher, sua fecundidade e beleza. Dona de muito poder, ela tem o cetro na mão esquerda , que por sinal está aberta. Isso significa um poder receptativo e não autoritário. Significa prosperidade.
IV – O Imperador
Poder, honestidade, organização, segurança, realização e apoio.
É o grande homem. Tem força e poder. Com o cetro na mão direita fechada, ele olha com firmeza, representando a força por meio do sucesso material. Sua coroa é vermelha e amarela, mostrando força e inteligência.
V – O Sumo Sacerdote ou Papa
Autoridade, equilíbrio, inteligência, justiça, poder espiritual e dever moral.
É o grande pai da espiritualidade. Repare que ele parece estar orientando as duas figuras que estão na parte inferior da carta.
VI – O Namorado ou Amantes
Momento de escolha, liberdade, amor, união, beleza e perfeição, confiança, cautela e otimismo.
Aparece dividido entre duas mulheres. Não se sabe se elas são sua mãe e namorada ou uma mulher mais jovem e outra mais velha. O seu corpo está voltado para a direita, mas sua cabeça para a esquerda. Ele representa um momento de indecisão entre o novo e o velho ou entre o arriscado e o seguro. Recomenda reflexão.
VII – O Carro
Equilíbrio, segurança, domínio, sucesso, triunfo, aproximação amorosa e realização.
É o símbolo do sucesso. Aparece como o senhor que controla os cavalos e sabe dar a direção que quiser à sua vida. O Carro mostra que é necessário tomar as rédeas e controlar as forças psíquicas para conduzir a vida ao caminho que nós escolhemos.
VIII – A Justiça
Austeridade, imparcialidade, integridade, disciplina, decisão e prontidão.
Significa o equilíbrio tanto na vida prática quanto na espiritual. Ela alerta para o senso de justiça que todos devemos ter. O broto verde que aparece no canto esquerdo simboliza a esperança de que a justiça seja feita.
IX – O Ermitão
Informação, sabedoria, paciência, discrição, conhecimento, estudo e prudência.
É a essência da sabedoria. Aquela que só se alcança com a experiência de vida. Seu manto azul mostra que ele está recoberto de fé no seu conhecimento. A lamparina que traz na mão significa a luz da verdade. O Eremita é bom e nos remete a busca do que há de mais sincero dentro de nós.
X – A Roda da Fortuna
Destino, mudança, ascensão, iniciativa e êxito.
Quer dizer que o mundo gira e as coisas mudam. O que hoje parece ser uma coisa, amanhã pode ser outra. Representa mudanças ou, muitas vezes, aponta para o sucesso inesperado.
XI – A Forca
Inteligência, sucesso, magnetismo sexual, poder invencível, maturidade, domínio do “eu” e harmonia.
A mulher com expressão tranqüila consegue controlar o animal. Ela mostra que precisamos dominar o lado instintivo, os impulsos, para que atuemos com mais suavidade e beleza interior diante dos problemas.
XII – O Enforcado
Idealismo exagerado, abnegação, perfeição moral, hesitação, falta de vontade, traição e abandono.
Repare que ele não está pendurado pela mão e sim pelo pé, e não parece estar sufocado. Pelo contrário, tem uma expressão serena com as mãos nos bolsos, como se estivesse observando. Isso quer dizer que, às vezes, temos que olhar as coisas por um outro ângulo para que posamos compreendê-las.
XIII – A Morte
Transformação, renascimento, libertação dolorosa, mudança de país, cidade ou casa, lucidez mental, insegurança financeira.
Como o nome não está no pé da carta e sim em cima, esse arcano não representa a morte, mas a superação e a transformação para algo novo. Como é predominantemente bege, aponta para mudanças no campo material.
XIV – A Temperança
Equilíbrio, autocontrole, serenidade, harmonia, paciência e estabilidade.
É a virtude universal, que derrama a água do seu jarro azul (o espírito) para o jarro vermelho (a força). Mostra a importância do equilíbrio interior, da moderação.
XV – O Diabo
Força misteriosa, egoísmo, sedução sem escrúpulos, sucesso por meios ilícitos e punição.
Rege as grandes forças instintivas, a sexualidade, o vigor físico e o poder de atração. Ele também é o senhor do medo. Para se viver bem é preciso superar esse medo, conseguindo, então, dominar nossos instintos.
XVI – A Casa de Deus
Destruição, dificuldade, presunção, orgulho, fracasso, vaidade, timidez e malogro.
Nesta carta, um raio aparece destruindo uma torre e fazendo com que as pessoas caiam. E é isso que ele representa: a destruição de algo estabelecido. Mas, se você olhar com atenção, vai notar que a queda não é mortal. E ela é a busca de algo novo. Após a destruição, o novo aparece.
XVII – A Estrela
Esperança, inspiração criadora, otimismo, autocontrole, energia, satisfação.
Aponta para a realização dos ideais. São sete estrelas e uma grande no centro, representando a concretização de algo que se deseja muito. Os jarros de água sendo derramada significam que uma nova vida começa quando conseguimos realizar nossos ideais.
XVIII – A Lua
Obscuridade, advertência, forças ocultas, desilusão, entorpecimento e superficialidade.
É o nosso inconsciente, sempre apontando para as sensações mais profundas que, muitas vezes, não conseguimos explicar e preferimos não ver. É preciso olhar para dentro e descobrir o que nos faz sentir de determinada maneira ou o que nos mantém presos a uma certa situação.
XIX – O Sol
Realização, felicidade, entusiasmo, sinceridade, prazer.
É a claridade que nos permite ver as coisas e perceber bem a realidade que estamos vivendo. Ele traz segurança. Mas preste atenção nas crianças; elas mostram que quando estamos transparentes, sem mistério, ficamos com a pureza infantil.
XX – O Julgamento
Renascimento, libertação, iluminação do caminho, sentimento de justiça, gênio inventivo, revelação de desígnios ocultos e saúde física.
Remete ao apocalipse, onde os puros de alma se levantam ao som das trombetas. Repare que os corpos são beges, mas seus cabelos são azuis, ou seja, suas mentes estão plenas de fé e emoção. O Julgamento diz que temos que ir em busca do que há de mais puro em nós mesmos.
XXI – O Mundo
Sorte, recompensa, realização, finalização de obras, integridade e totalidade, encontro de amor, lucidez, liberdade e felicidade.
É a realização plena e total. A carta mostra uma figura envolta numa guirlanda que começa azul, passa pelo vermelho e chega ao amarelo. Isso quer dizer que, usando nossas emoções e nossa força física, conseguimos alcançar a inteligência e a sabedoria. As quatro figuras que aparecem nos cantos representam os quatro elementos da natureza que conferem equilíbrio ao mundo. Representa a síntese de tudo que conhecemos.
Tarô Mitológico
Eu trabalho com o Tarô Mitológico da Liz Greene, astróloga e uma mestra de astrologia para mim.
O trabalho tem como objetivo orientar o consulente sobre sua situação atual e fazer as possíveis previsões que o astral nos permite no momento.